Polícia Civil afirma que 41 mulheres denunciaram ginecologista preso por abuso sexual em Maringá

Delegado diz que já ouviu 33 vítimas. Investigação aponta que crimes aconteciam dentro do consultório do médico.

 

A Polícia Civil de Maringá, norte do Paraná, identificou 41 mulheres suspeitas de terem sido abusadas pelo ginecologista e obstetra Felipe Sá, que está preso desde 15 de junho. Anteriormente, 37 vítimas tinha registrado Boletins de Ocorrência (B.Os) na delegacia.

 

Segundo a polícia, 33 mulheres foram ouvidas. Outras oito devem prestar depoimento nos próximos dias. O delegado Dimitri Tostes, responsável pela investigação, decidiu que o médico será interrogado após a série de oitivas das vítimas.

 

“A gente vai apresentar pra ele tudo o que foi obtido durante essa parte da investigação pra confrontar essas versões, a das vítimas e o que ele tem a dizer para a Polícia Civil”.

 

A defesa de Sá havia negado as acusações e afirmado que vai provar a inocência dele durante a instrução do processo. A RPC tentou novo contato com o advogado, mas não teve retorno.

 

Crimes

De acordo com o delegado, o ginecologista é investigado por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável contra pacientes. Entre elas, estão ex-alunas dele no curso de Medicina de uma universidade particular, onde Sá dava aulas.

 

O profissional foi preso no próprio consultório, local em que, segundo a polícia, os crimes aconteciam. Segundo a investigação, Sá tentava criar um ambiente seguro para as mulheres. Quando ganhava a confiança delas, cometia os abusos.

 

“Em alguns casos, a pretexto de realizar o exame ginecológico, elas (vítimas) alegavam que ele passava a massagear a zona sexual e, em outros casos, ele pedia de forma insistente pra elas retirarem a blusa. Foi o mecanismo de operação que a gente identificou durante a investigação“, afirmou o delegado.

 

Em vídeos publicados nas redes sociais, o ginecologista defendia o tema do empoderamento feminino. As gravações também estão sendo investigadas pela Polícia Civil.

 

Perícia

A polícia explicou que o celular de Felipe Sá está passando por perícia porque ele teria trocado mensagens e arquivos com as pacientes.

 

Fonte: g1 PR e RPC Maringá